Alta busca por crédito e nova regra da Caixa elevam juros imobiliários em bancos privados
A crescente demanda por crédito imobiliário e a redução do teto de financiamento pela Caixa Econômica Federal, anunciada na semana passada, já provocam uma onda de aumento nas taxas de juros de bancos privados em suas linhas de financiamento. O Itaú Unibanco elevou sua taxa média para 10,79% ao ano + TR (Taxa Referencial), enquanto o Santander prevê um aumento “em curtíssimo prazo”.
“O Santander vai continuar a oferecer crédito imobiliário e, se mantiver o atual contexto e patamar de demanda, haverá alta de juros”, afirma Sandro Gamba, diretor de negócios imobiliários do Santander e presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, prevê que outros bancos privados também reduzirão seus limites de financiamento nos próximos meses. “O crédito ficou mais caro por conta da escassez de recursos e pela Selic, nesta ordem”, explica. A tendência é que os bancos emprestem menos para atender mais clientes, diante da alta demanda e da escassez de recursos na poupança.
A partir de 1º de novembro, a Caixa reduzirá o valor máximo de crédito para compra de imóveis pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), limitando o financiamento a 70% do valor do imóvel no sistema SAC e 50% na tabela Price. Essa mudança deve direcionar mais consumidores para os bancos privados, que ainda oferecem financiamento de até 90% do valor do imóvel.
Fonte: Folha de S.Paulo
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